Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 06/06/2014

Conselhos de igrejas refletem sobre o espírito de unidade cristã em tempos de mudança

Dra Agnes Abuom. Foto: WCC/Marcelo Schneider
Dra Agnes Abuom. Foto: WCC/Marcelo Schneider
NAIROBI, Quênia - Em seu discurso de abertura na conferência mundial sobre o impacto do trabalho dos conselhos ecumênicos na busca de justiça, paz e unidade, a moderadora do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), exortou as igrejas ao encontro com "diferentes culturas e religiões".
 
"As estruturas das igrejas podem inibir ou promover o espírito do movimento ecumênico", disse a Dra. Agnes Abuom, moderadora do Comitê Central do CMI, durante uma consulta promovida pelo CMI e pela Conferência Pan-Africana de Igrejas (CPAI) dirigida a organizações ecumênicas regionais (OERs) e conselhos nacionais de igrejas (CNIs).
 
A segunda consulta sobre o tema de "Ecumenismo Conciliar" acontece na capital do Quênia, Nairobi, entre 2 e 7 de junho. O primeiro encontro aconteceu em Beirute, Líbano, em fevereiro de 2012. 
 
Ecumenismo Conciliar é o termo usado para descrever a busca da unidade dos cristãos através do trabalho institucional realizado por conselhos e conferências de igrejas.
 
Ao compartilhar, no segundo dia do evento, reflexões teológicas sobre a identidade dos conselhos ecumênicos , o secretário geral do CMI, Rev. Dr. Olav Fykse Tveit, enfatizou a importância da "Declaração de Unidade", adotada pela 10ª Assembleia do CMI. Ele afirmou ainda que o método de consenso utilizado pelos órgãos governamentais do CMI desde a 9ª Assembleia (Porto Alegre, Brasil, 2006), é também um elemento crucial do ecumenismo conciliar.
 
Já a apresentação da Dra. Abuom enfocou o tema do futuro do movimento ecumênico e a mudança do papel dos conselhos. "O futuro do movimento ecumênico não pode ser entendido fora da história e do contexto do próprio  movimento. 
 
A moderadora do CMI ainda compartilhou alguns elementos que poderiam oferecer aos participantes da consulta uma base conceitual para identificar possíveis formas de respostas aos desafios do mundo de hoje, explorando o que CNIs e OERs tem a dizer e podem fazer.
 
"O movimento ecuménico a nível popular está crescendo, mas muitas vezes não está ligado a estruturas ou instituições. Muitas organizações não conhecem o trabalho do CMI e da CPAI", afirmou a Dra. Abuom, enquanto apontava para o papel crucial da juventude no futuro do movimento ecumênico global: 
 
Os primeiros dias da consulta em Nairobi foram marcados pela partilha de como os conselhos tem trabalhado com seus membros na busca do fortalecimento do perfil de unidade. 
 
Membro da Igreja Anglicana do Quênia, a Dra. Abuom trabalha como consultora de desenvolvimento a serviço de organizações internacionais na coordenação de programas de ação social para a sociedade civil e grupos religiosos em toda a África. Eleita na primeira sessão do Comitê Central após a 10ª Assembléia do CMI, realizada em Busan, Coréia do Sul, ela se tornou a primeira mulher e a primeira Africana nesta posição de liderança em 65 anos de história do CMI.
 
Ela continuou sua apresentação na consulta enfatizando a importância de manter o espírito de Busan, que reafirmou o compromisso do CMI na promoção de sociedades justas e pacíficas. "Precisamos construir um ecumenismo de base, que seja inclusivo, um espaço onde possamos colher a sabedoria que vem de todos os lugares (leste, sul, norte e oeste). 
 
A consulta, segue até o dia 7 de Junho e inclui visitas ao conselho de igrejas local, apresentações e debates acerca das estratégias dos conselhos em torno de questões como migração e tráfico pessoas, áreas de cooperação entre conselhos e o trabalho programático do CMI.
 
CMI/Marcelo Schneider

Tags: CMI, conselho Mundial de Igrejas,


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