Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 16/07/2011

Concílio Geral: Culto celebra 40 anos do ministério pastoral feminino

O Culto do Concílio Geral deste sábado, 16, celebrou os 40 anos do ministério pastoral feminino na Igreja Metodista. A liturgia foi conduzida por pastoras que participam do conclave. Também foi comemorado dez anos da eleição da primeira Bispa – Marisa de Freitas Ferreira.

Momentos de forte emoção marcaram o culto. A pastora de Governador Valadares, MG, Débora Blunck Silveira, não conteve as lágrimas. “É uma história de muita luta. Muitos desafios foram vencidos. Eu fico muito emocionada em ver nossa história sendo honrada. Valeu a pena, hoje somos muito mais fortes”, declara.

A pregação da Palavra foi feita pela Revda. Joana D’Arc Meireles, Secretária para Vida e Missão da Igreja Metodista. No final do culto, todos os presentes cantaram a música: “O olhar de quem sabe amar”, uma das canções do Hinário Metodista Brasileiro.

“Foram momentos maravilhosos. Hoje nós somos uma referência para muitas mulheres. Isto nos enche de responsabilidade, mas, também de alegria, por saber que continuamos na caminhada, construindo uma igreja e sociedade mais parecidas com Deus”, revela a pastora em Pinheiros, SP, Cristiane Capeleti Pereira.

Na primeira sessão do dia, o plenário do Concílio Geral aprovou a proposta que concede o título da Ordem do Mérito Metodista à primeira presbítera de cada Região Eclesiástica e Missionária, reconhecendo o pioneirismo, serviço e testemunho desenvolvido por estas mulheres. O título deverá ser concedido durante a realização dos próximos Concílios Regionais. As presbíteras homenageadas deverão ser ativas ou terem se aposentado no exercício de sua vocação pastoral na Igreja Metodista.

Veja parte da liturgia do culto celebrativo:

Leitura bíblica de Mateus 28.9-10 e comentário
E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram.

Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide avisar a meus irmãos...

Deus criou homem e mulher, e com eles contou desde o início na administração de sua Criação. Vindo Jesus, independente dos doze mais próximos, Ele sempre contou com as mulheres em seu ministério, não só nos bastidores, por vezes lhes pediu “ide avisar a meus irmãos”.

Até hoje as mulheres obedecem à ordem de Jesus proclamando a toda gente as boas novas de salvação.

Memória – 1ª parte

1930
Em 1930, no concílio em que se proclamou a autonomia da Igreja Metodista no Brasil, foi proposto a ordenação de mulheres. Alguém comentou “cada coisa a seu tempo”.

40 anos depois – 1970
Na sessão da tarde do dia 20 de julho de 1970, em Belo Horizonte - MG, o X Concílio Geral da Igreja Metodista decidiu:

“Projeto de Reforma da Constituição da Igreja Metodista do Brasil – Proposta: Odyr Gedeão Köeche propõe e é aprovado com emenda a nova redação aos artigos 12 e 13, os quais ficam assim redigidos: Art. 12: Ordens são categorias eclesiásticas nas quais a Igreja Metodista acolhe aqueles que reconhece vocacionados para serviços especiais no desempenho de sua missão. Art. 13: As ordens na Igreja Metodista são duas: presbiteral e diaconal, constituídas, respectivamente, de presbíteros e diáconos, sem distinção de sexo. (...) O Artigo 12 submetido à votação apresenta o resultado: Sim – 68; Não – zero; e o Art. 13: Sim – 64; Não – zero”.

Hoje!
Hoje lembramos desta decisão histórica e essencial para a identidade de nossa Igreja. E adoramos ao Deus que nos constituiu em diversidade para que cada um e cada uma contribua, com sua especificidade, mas com unidade, na construção do Reino.

Memória – 2ª parte
4 anos depois - 1974
Em 1974 tivemos a ordenação da primeira presbítera: Zeni de Lima Soares. Depois de Zeni, tantas outras em cada Região Eclesiástica e Missionária - Arlete, Mara, Marta, Suzel, Abigail, Maria, Marinice, vieram e vêm para servir ao Senhor.

Década de 1990
Na década de 90 os espaços pastorais na superintendência dos distritos e os espaços administrativos nos conselhos e coordenações vão abrindo lugar
para as presbíteras.

Os Concílios Regionais elegem as presbíteras para participar nas comissões e as COREAM.
2001

Chegamos a 2001. Trinta anos depois da inclusão da mulher no ministério feminino.
Na sessão de 9 julho de 2001, o Concílio Geral elegeu a sua primeira episcopisa - Marisa de Freitas Ferreira.

Daí em diante as presbíteras, as pastoras, as missionárias cada vez mais ganham o reconhecimento do seus dons e ministérios na vida da Igreja.

Cada vez mais essas pastoras testemunham sobre sua vocação e despertam tantas outras Marisas, Marias, Margaridas, Amélias, Joanas e Raildas para servirem ao Senhor.



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