Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

Concílio Geral

Maio foi um mês de agendas repletas para os membros do Colégio Episcopal, Cogeam e para os delegados e delegadas do 18º Concílio Geral da Igreja Metodista. As  sugestões que chegaram das Igrejas estão sendo avaliadas pelos grupos de trabalho. Além da voz e voto dos delegados (as), a participação da Igreja esteve em aberto com a possibilidade de enviarem sugestões. Elas pontuaram aspectos que poderão estar nos futuros Planos de Ação ou serem considerados nas propostas que irão ao plenário do Concílio entre os dias 10 e 16 de julho, no Sesc Aracruz, Espírito Santo.
A ênfase no trabalho missionário está presente em vários dos documentos que chegaram aos delegados do Concílio. De maneira geral, existe uma grande preocupação com a gestão de igrejas e instituições, de forma a tornar a atuação da Igreja mais dinâmica e competente, em todas as áreas. Várias sugestões visam adequações da estrutura organizacional, como, por exemplo, a alteração do número de bispos (as). "Também é necessário discutir a autonomia das regiões missionárias", defende a delegada Jane Menezes Blackburn, da Igreja Metodista no Alto da Bondade, Recife, PE. E quando se fala em mudanças de "estrutura", até mesmo alterações arquitetônicas são consideradas. Para atender melhor à Missão, acolhendo todas as pessoas, sugere-se a implantação de projetos que facilitem a locomoção de deficientes físicos, atendendo aos critérios de acessibilidade definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT.
"Nosso objetivo deve ser recuperar a paixão missionária", defende o Rev. Antônio Lutero de Oliveira, pastor da Igreja Metodista Central de Governador Valadares e delegado da 4ª Região Eclesiástica. "Somos menores do que algumas seitas", lamenta-se. "Queremos bispos que sejam mais pastores do que administradores", afirma o Rev. Roberto Alves, delegado da 1ª Região e pastor da Igreja Metodista Central de Cabo Frio. Entre as sugestões apresentadas, há grande preocupação com a capacitação do laicato, a revitalização da Escola Dominical e o incentivo ao programa de Discipulado.
Nesse Concílio, também deverão ser bastante discutidas questões que dizem respeito ao envolvimento da Igreja Metodista em outros setores da sociedade, como a participação no movimento ecumênico e a atuação nos meios de comunicação de massa. E uma proposta de reestruturação de governo das instituições metodistas de educação será avaliada. Algumas sugestões revelam a preocupação de que as instituições de ensino sejam capazes de sobreviver financeiramente em meio ao ambiente altamente competitivo que é o atual mercado de ensino no país. Outras preocupam-se com a marca da confessionalidade metodista, buscando uma maior aproximação entre ensino leigo e religioso.
A importância do Concílio para a Vida e Missão da Igreja pede reflexão, discernimento e oração. As campanhas de oração pelo Concílio Geral continuam. Por isso, mesmo quem não estará presente às plenárias, pode participar deste processo, desde já. Basta entrar em seu quarto, fechar a porta e dobrar os joelhos.

Concílio Geral: responsabilidade com o futuro

Uma palavra do bispo João Alves, presidente do Colégio Episcopal

O Concílio Geral é o conclave mais importante da Igreja Metodista, pois é o órgão que legisla sobre as ações que nortearão a caminhada do Povo Chamado Metodista. É dele que procede o Plano Nacional Missionário, no qual as igrejas locais pautarão as ações que envolvem setores como as áreas da  educação cristã, expansão missionária, ação social, trabalho com crianças e ação administrativa. O Concílio Geral também legisla para a Igreja no que diz respeito às leis que constarão dos cânones, normas que orientam toda a ação da Igreja, como também dos pastores, das pastoras, leigos e leigas.
Ressalta-se que o Concílio Geral é soberano: pode alterar ou inserir quaisquer itens canônicos, inclusive mudanças em nossa constituição. As alterações devem ocorrer para melhorar a caminhada da igreja e, assim, a responsabilidade do Concílio é muito grande. O Colégio Episcopal não tem voto em plenário, mas é o responsável pela condução do Concílio Geral, utilizando-se da palavra para esclarecer questões que envolvem posições teológicas, doutrinárias e administrativas. Uma das grandes responsabilidades do Colégio Episcopal, conforme orientação canônica, é manter a unidade da Igreja.
A cada Concílio surgem novos temas para o debate. Alguns são polêmicos e, desta forma, há necessidade do Concílio Geral estudá-los de forma criativa e profunda. Havendo aprovação, entende-se que esta é a palavra do Concílio às igrejas e à toda a comunidade metodista.
 Nós, bispos e bispa que formam o Colégio Episcopal, esperamos que o Concílio dedique boa parte de seu tempo para pensar a caminhada missionária da Igreja. Deste modo, estaremos atendendo ao chamado de Jesus de irmos por todo o mundo e anunciarmos o Evangelho a toda criatura.

A programação do Concílio

• 10 de julho - Culto de Abertura às 15h, chamada do rol, aprovação do regimento interno, eleição de comissões.
• 11 de julho -- Aprovação do Plano Nacional Missionário, apresentação do relatório do CE e Cogeam.
• 12 de julho - Eleição de Bispos e Bispas.
• 13 de julho - Discussão de propostas diversas e culto de acolhimento às Igrejas irmãs presentes no Concílio.
• 14 de julho - Designação episcopal e homologação.
• 15 de julho - Comemoração ao centenário da Igreja Metodista no Espírito Santo.
• 16 de julho - Culto de encerramento do 18º Concílio Geral.


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