Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

CJUSN Entrevista

Da esquerda para a direita: Karla Shayana, vice-presidente, (1ª RE); Nelson Luiz Campos Leite, Bispo Assistente da Confederação; Karen Mayara, secretária correspondente (6ª RE); Aline Amaral, secretária de atas (4ª RE); Aline Mercadante, presidente (3ª RE); Lucas Gonçalves, tesoureiro (5ª RE) e os conselheiros Luiz Alceu e Eliana Zapparoli.

A nova presidente da Confederação dos Juvenis quer fazer um "trabalho de estruturação", oferecendo referenciais teóricos e práticos para a construção do caráter cristão dos juvenis metodistas. O novo Conselheiro Nacional dos Juvenis apóia esse sonho, que só será concretizado a partir do empenho de toda a Igreja.Veja, a seguir, entrevistas com essas duas lideranças:

Luiz Alceu Zapparoli trabalha pela Igreja Metodista desde os 14 anos de idade. Já atuou em nível local, regional e nacional em várias organizações: Sociedade de Jovens, Acampamento Betel, Conselho Fiscal, Conselho da AIM... Agora ele assume um desafio novo: é o novo Conselheiro Nacional dos Juvenis. Aqui, ele nos fala de suas expectativas quanto ao trabalho

O que faz o Conselheiro Nacional dos Juvenis?

O conselheiro nacional dá apoio à Confederação dos Juvenis promovendo, por exemplo, encontros de integração e capacitação, em sintonia com os conselheiros e as federações regionais. O papel da área nacional é apenas ser o suporte, respeitando a base que são as federações e os conselheiros regionais, pois não dá para pensar todos os lugares do Brasil da mesma maneira. Nós temos uma diversidade de culturas, que precisamos valorizar, buscando, também, o que temos em comum. O lema dos juvenis é "Unidade em Cristo".

Em sua opinião, quais as necessidades dos juvenis da Igreja Metodista?

Eu sinto que o(a) juvenil requer mais atenção da Igreja. Ele(a) expressa um alto grau de espiritualidade e precisa ser valorizado(a), pois é um "patrimônio pessoal e espiritual" da Igreja. Precisa sentir que somos a melhor Igreja para participar e, para isso, também precisa conhecer melhor Igreja Metodista, sua história e identidade. Precisamos promover, entre outras coisas, melhor formação de professores para os juvenis. Outra necessidade é envolver a igreja no apoio de projetos concretos para a arrecadação de verba para a Sociedade de Juvenis. Muita gente não participa da Juname (Juvenília Nacional Metodista) por falta de recursos.

Que projetos você gostaria de desenvolver em futuro próximo?

Estamos nos empenhando bastante para promovermos mais uma boa Juname em 2008. Já temos até página no orkut (são duas páginas, uma sobre a Juname do ano passado, para matar a saudade, e outra já na expectativa de 2008): http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=14923345 e http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=31016540).

Queremos cadastrar o máximo de pessoas possível. Queremos trabalhar o sentimento da solidariedade e cooperação, pois somos uma igreja de famílias. Por isso, contamos muito com o apoio dos pastores aos(as) juvenis de suas igrejas. É preciso incentivar a participação nas sociedades e federações. A sociedade incentiva o individualismo, o materialismo, o consumismo e nós precisamos reafirmar nosso compromisso cristão diante desta realidade. Temos que trabalhar pela construção do Reino de Deus, como família metodista, contando com a força e a espiritualidade de nossos(as) juvenis, ou seremos cobrados de omissão.

Aline Mercadante freqüenta a Igreja Metodista do Jardim Ângela, São Paulo, desde que nasceu, há 17 anos. "Nascemos juntos, o templo foi fundado no mesmo ano", explica ela. Desde então, a igreja é uma parte fundamental de sua vida. Atualmente, elaparticipa dos ministérios de dança, intercessão e solidariedade, além de integrar a sociedade de juvenis. Seus finais de semana são dedicados às atividades da Igreja. Na última Juvenília Nacional Metodista, em janeiro deste ano, ela foi eleita para a presidência da Confederação Nacional.

Como você concilia o estudo (Aline está no terceiro ano do ensino médio) com as todas as atividades que você exerce na Igreja? Não sente falta de sair com os amigos, por exemplo?

A Bíblia diz "Buscai primeiro o Reino de Deus e as demais coisas serão acrescentadas". E é isso mesmo. A maioria dos meus amigos de verdade é da Igreja, então não sinto falta de vida social. É claro que a gente não vive só na Igreja. Mas os amigos que não são da Igreja respeitam a minha opção e até se admiram do trabalho que a gente faz lá. As minhas amigas do colégio, por exemplo, ficaram surpresas quando descobriram que eu pratico dança na Igreja. Dessa forma, a gente começa a fazer diferença na comunidade também.

Quais são as prioridades da Confederação de Juvenis para os próximos anos?

Bem, estamos pensando em muitas coisas. Se não der para realizar tudo, queremos, pelo menos, lançar a semente. Nosso principal objetivo é fortalecer os elos entre as regiões e oferecer ao juvenil um referencial do que é ser cristão e metodista. Para isso, queremos incentivar o diálogo com o pastor local e com as lideranças da Igreja e trabalhar temas polêmicos como drogas, sexualidade e auto-estima e, também, a participação do juvenil nos dons e ministérios da Igreja.

Você acha que está faltando referencial ao juvenil metodista?

Muitas vezes o juvenil busca o referencial em lugares errados, no mundo, nas amizades que não são de Deus. Queremos buscar pessoas de caráter cristão como referência, buscar a ajuda dos bispos e das lideranças da igreja. Um de nossos projetos é criar um chat (bate-papo pela internet) tendo uma liderança da igreja como moderador. Também queremos ter mais palavras episcopais para nos orientar e participar na concretização das revistas de escola dominical, sugerindo temas.

Vocês estão querendo dar mais trabalho às lideranças da Igreja...

(risos) É... vamos caminhar juntos!O juvenil é o presente e futuro da Igreja. Ele está construindo o caráter. O que a gente mais sente falta é apoio. Temos muitos amigos, mas sentimos falta do apoio das lideranças, dos pastores...

Mas o que o adulto tem que fazer para caminhar junto com o juvenil sem parecer que está sendo "chato" ou intrometido?

Queremos ser mais ouvidos. Nós temos os nossos próprios conceitos, que às vezes podem até estar errados... mas queremos o direito de opinar. Quantos juvenis falam no concílio local ou regional? Isso, às vezes, acaba revoltando o juvenil. Aí, ele fica na Igreja até uns 17, 18 anos, e depois sai da Igreja, porque não houve um trabalho de estruturação. Por isso, queremos, em primeiro lugar, incentivar a participação do juvenil na igreja local. Sem a igreja local, não existe mais nada. Temos que fazer diferença em nossas igrejas.

Suzel Tunes


Posts relacionados