Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

Capelania hospitalar: estudantes da FaTeo desenvolvem estágios para trabalhar em hospitais

Uma das disciplinas obrigatórias no terceiro ano da faculdade de teologia, FaTeo, da Igreja Metodista é o estágio acadêmico, tanto  Eclesial como o de Promoção Humanas. Normalmente os alunos desenvolvem o de promoção humana em Ong's,  mas esse não é o caso dos acadêmicos, Daniel Fernando Santos Inácio, Hermenegildo Del Rovere, Luís Carvalho, Renata Andrade Pasqual Pons e Rogério de Fabris que optaram em realizar seu estágio na capelania hospitalar do Hospital São Paulo (Unifesp).  Durante o período de uma ano os alunos lidam com a prática, o cotidiano das pessoas que estão no leito de um hospital.

A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para os pacientes e seus familiares, o pessoal de cuidado médico profissional, a próprio hospital, e a comunidade dentro os quais reside. De acordo com o professor e bispo metodista Geoval Jacinto da Silva, coordenador do Programa de Estágio Acadêmico, este é um projeto que a FaTeo já almejava há algum tempo. Conseguiu realizá-lo em setembro deste ano, por meio da parceria com a Capelania Evangélica do Hospital São Paulo, sob a responsabilidade do pastor batista Antonino Pinho Ribeiro, o pastor Nino. Capelão há 20 anos e autor do livro “Há graça no sofrimento”.

Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os que estão hospitalizados. Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções da capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares com os sentimentos associados com doença e hospitalização. Nesse sentido, para  os acadêmigos que ingressam no programa de estágio em promoção humana, eles  recebem apostilas especializadas e realizam um curso preparatório de oito horas. antes de irem para a prática duas vezes por semana, além de serem acompanhados por  capelães experientes. 

Luís Carvalho, estudante do terceiro ano de Teologia, afirma que o zelo na preparação dos estagiários é fundamental, pois é preciso term mente  importantes normas de higiene e comportamento. “Quando oramos, devemos evitar a imposição das mãos, para prevenir o risco de infecção hospitalar. Também precisamos estar atentos à rotina do hospital. Não entramos no quarto quando o paciente está sendo atendido pela equipe médica”, exemplifica Luís.

Os capelães e voluntários, inclusive os estudantes que desenvolvem no período acadêmico o trabalho com pessoas enfermas fazem um papel importante abrandando situações de descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital. Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes, os capelães podem mediar estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir o risco.

Embora, nem todas as pessoas aceitam a visita de capelães ou membros de igrejas, às vezes, a resistência do paciente é uma reação a uma falha cometida pelos próprios visitantes. “Algumas pessoas, no afã de evangelizar, acabam sendo inconvenientes, tentando forçar uma conversão”, diz Luis. Renata presenciou situações assim: “algumas pessoas acabam sendo agressivas na maneira de falar com os/as pacientes. Trazem peso ao doente em vez de alívio, jugo em vez de paz”.

José Geraldo Magalhães

Com informações do site da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista


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