Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

Bispo Paulo Lockmann desabafa sobre situação no Rio

Chove forte desde a madrugada desta sexta-feira, 14/01, na região serrana do Rio de Janeiro. É o terceiro dia consecutivo de precipitação na localidade. Em Nova Friburgo, a chuva é mais branda. O mau tempo dificulta o trabalho de resgate das vítimas que ainda estão ilhadas.

Em depoimento à comunidade metodista o bispo Paulo Lockmann desabafou: “Vivendo um dos mais difíceis momentos de nossa vida ministerial, é que compartilho a dor do nosso povo. Seguimos contando mortos e desabrigados”, disse.

De acordo com ele, as igrejas que permanecem de pé na Região Serrana do Rio de Janeiro estão abrigando diversas famílias em suas dependências. “Precisamos de tudo: água, alimentos e roupas, para diminuir o sofrimento dos desabrigados”.

Segundo Lockmann, os números são ainda incertos, mas dois bairros em Teresópolis praticamente desapareceram: Calembe e Posse. “Em Nova Friburgo a situação não é diferente, e em Petrópolis perdemos a casa do pastor Neliel em Cuiabá. Ele e a família estão bem, mas morreram 40 membros dessa igreja, além das outras 100 pessoas do bairro de Cuiabá”.

De acordo com a Defesa Civil dos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, as equipes de bombeiros permanecem fazendo o resgate. Muitas pessoas estão sofrendo com a falta de alimentos em casa. Ainda há alguns supermercados funcionando, mas para evitar o tumulto, os clientes estão sendo atendidos em grupos pequenos.

Metodistas estão entre os atingidos

Até o fechamento da edição deste boletim, o número de pessoas mortas já ultrapassava as 500. A situação ainda é caótica e muito triste para a vida dos moradores que sobreviveram e familiares e amigos de vítimas da tragédia. “Temos aqui uma situação muito difícil. Ainda há pessoas que estão desaparecidas e outras que nem foram resgatadas”, informou o pastor Paulo Rangel, que está atendendo os desabrigados na Igreja de Nova Friburgo.

“Aqui nós também estamos funcionando como abrigo para aquelas pessoas que não sabem para onde ir. Temos duas famílias conosco”, contou Rangel.

Entre as vítimas da enchente, está um casal de idosos que congregava na Igreja Metodista em Cuiabá, bairro do município de Petrópolis. Segundo o Pr. Élson Amaral Brum, superintendente do Distrito de Petrópolis, a situação na região serrana é terrível. Pessoas desabrigadas caminham pelas ruas em busca de ajuda. 70% dos membros da Igreja em Cuiabá tiveram suas moradias atingidas. Segundo o Pr. Élson, parte do templo foi invadida pelas águas da chuva.

A Igreja Metodista Central de Teresópolis também está funcionando como abrigo. “Estamos com 100 pessoas neste momento aqui, que estão sendo atendidas por psicólogos, médicos e outros voluntários”, disse a secretária da igreja, Hermínia Farnum.

Intercessão

Na tarde desta sexta-feira, a Sede Nacional da Igreja Metodista aqui no Brasil, bem como outras regiões e a Sede da Inglaterra se uniram em oração pelas vítimas das enchentes da região Sudeste do país.

“Acabo de voltar da nossa pausa para orar em favor das pessoas afetadas pelas enchentes no Brasil, no Paquistão, Sri Lanka, Colombia, Venezuela e Australia”, informou o Rev. Tom Quenet, Secretário de Missões para América Latina e Caribe da Igreja Metodista da Inglaterra.

Os irmãos da Sede Nacional devem continuar em oração nos próximos dias.

Veja alguns motivos para interceder também:

1. Que as chuvas cessem (hoje o trabalho de resgate ficou prejudicado porque não para de chover).

2. Que venha o consolo do Espírito Santo sobre os enlutados.

3. Que as equipes de busca tenham perícia para lidar com a situação.

Como ajudar

Toda a Igreja está se mobilizando em favor dos desabrigados. Em solidariedade aos moradores da região serrana, a Igreja Metodista na 1ª Região Eclesiástica montou pontos de coleta para recolher doações de mantimentos, roupas de cama e toalhas. Água potável e alimentos não perecíveis são itens de maior necessidade no momento. Veja como ajudar:


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