Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 14/10/2010
Associação Mundial de Comunicação Cristã concede prêmio a filme sobre o Afeganistão
O Prêmio Direitos Humanos 2010, da Associação Mundial de Comunicação Cristã (WACC) e Signis, foi concedido ao filme “The garden at the end of the world” (O jardim no fim do mundo), dirigido pelo cineasta australiano Gary Caganoff.
O filme mostra o legado de devastação e trauma que a guerra deixou no Afeganistão e ilustra os trágicos efeitos do conflito armado, entre eles a fome, a perda de lares e a carência do Direito. Mostra, em particular, o impacto que as armas geram na vida de viúvas e órfãos, que são aos milhares no país.
“O jardim no fim do mundo” segue o trabalho de duas mulheres – Mahboba Rawi e Rosemary Morrow – aquela envolvida em ações humanitárias e esta uma permaculturista (permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana, como jardins, vilas, aldeias, comunidades, ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis), que oferece opções à reconstrução do Afeganistão.
O documentário mostra como famílias e comunidades de zonas urbanas e rurais se desintegraram depois da perda do pai, do esposo ou do irmão ao longo de 30 anos de conflito político, pobreza e tráfico de drogas.
Rosemary é uma quacker que traz a perspectiva holística a essas experiências dolorosas, destacando os vínculos entre sustentabilidade e empoderamento genuíno.
Mahboba Rawi, uma refugiada por causa da ocupação soviética do Afeganistão, vive em Sidnei, na Austrália. Em 2001, ela fundou a organização sem fins lucrativa Mahboba Promise, com o propósito de ajudar as viúvas e órfãos que perderam seus lares.
Este ano, ela recebeu a Medalha da Ordem da Austrália, em reconhecimento pelos serviços prestados à ajuda humanitária ao Afeganistão.
Através dos olhos destas duas mulheres, Caganoff tece histórias e produz imagens do Afeganistão. Sem cair em sentimentalismos ou sensacionalismos, o filme aborda os abismos e complexidades da guerra que destroçou o país.
