Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013
apoio ao Colégio Centenário
DAS CINZAS, NADA DE NOVO
As chamas que consumiram o 1º prédio do Colégio Centenário (IMC) no dia 16 de maio, destruindo móveis, fotos, copos, pratos, quadros, esculturas e outras relíquias que para quem tem história são de valor incalculável, pois são firmados em um passado digno, como foram as missionárias americanas que para Santa Maria vieram.
Muitas das pessoas que tiveram, no passado, a oportunidade de aprender, conviver, dividir, compartilhar, crescer como pessoa, como criaturas de Deus, com essa história, com este passado, choram, se emocionam, pois muito de dignidade e respeito à vida, ali o fogo não conseguiu consumir. Consumiu fragmentos, parte da história, histórias de vidas, da cidade, de um ponto referencial histórico, de vários momentos educacionais, políticos, sociais, filosóficos, pois o Centenário e as pessoas que hoje choram nunca foram "apenas" reprodutores de conhecimento; o Centenário sempre foi um local de fazer o corpo agir, a mente pensar e o coração sentir, demonstrando que há mais de 85 anos atrás, este lema, no mundo moderno de hoje, é o que está movendo o mundo, mostrando como a atuação e envolvimento das pessoas em favor das pessoas, do mundo, é importante, é o que importa.
Das cinzas, surgirá um prédio novo, quem sabe nem a fachada fique em pé. Novas salas, novos equipamentos, novos móveis, mas tudo isso e muito mais só poderá "ressurgir" porque ali existe uma "pedra angular" que define, que traça uma linha de conduta de modo de viver, a "pedra angular" está de forma inabalável, está dando ângulo, veja, repare, naquela "pedra", alias pedra que sustenta não só as paredes que não caíram, como tem em seu interior os registros da época das pessoas que acreditaram em um ponto referencial da dignidade, de expansão de mentes para melhor tratar os seres, para anunciar um verdadeiro relacionamento com Deus, criador de todas as coisas.
Corajosas Missionárias !
Corajosos Bombeiros !
Cada um em sua época e em seu momento, demonstraram o valor que há em salvar, em dedicar a própria vida em favor dos outros, cada um com o seu equipamento, cada um corajosamente se empenhando ao máximo para anunciar a vida.
Corajosos devemos ser nós que participamos de tantos momentos da história do Centenário.
Alunos de várias épocas, sempre chamados pelo nome, jamais permitido ser chamado por números, pois a individualidade de cada um é importantíssimo para que se destaque o coletivo, demonstrando a importância de cada um para com o todo.
Funcionários sempre respeitados nas suas funções e execução de tarefas, respeitando o conhecimento e entendimento de cada um em seus afazeres.
Professores engajados em compartilhar e aprender cada vez mais, a cada período de aula, pois a troca tem que ser constante: professores- alunos, funcionários-professores, alunos-funcionários, professores-alunos, alunos-alunos, professores-professores, funcionários-funcionários.
Desta forma não vamos escrever uma outra história, nós somos a história, depende de nós compartilharmos as lembranças, memórias, fotos e tudo que pudermos dispor para destas cinzas, sim, mostrar o verdadeiro sentimento Centenarista, espírito este que é movido pela graça do Senhor Jesus e traduzida por paixão a uma instituição que é realmente o nosso segundo lar.
Paulo Luiz Job
Filho de Ipaense ( Ruy Job )
Ipaense de formação( 13 anos)
Centenarista de coração ( 10 anos)