Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
Altamira
Escola e Igreja Metodista ficaram alagadas. Cerca de 300 famílias de alunos do IMEA, Instituto Metodista de Ensino da Amazônia, perderam tudo!
"A religião Pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e si mesmo gurdar-se incontaminado do Mundo" (Tiago 1.27)
Passei a noite pensando nas pessoas desabrigadas pela enchente em Altamira refletindo no que seria o nosso papel como entidade cristã, frente à tamanha calamidade.
Meu pensamento voltou aos bons tempos das décadas de 70 e 80 onde a igreja tinha um projeto missionário que atendia as necessidades dos povos amazônicos com remédios e roupas. Quisera eu não precisar pedir nada em favor deste povo. Mas, a necessidade deles tem urgência. ¼ da população foi atingida pela enchente e por questões político-partidárias a Governadora que é do PT recusou o pedido da Prefeita, PSDB, de estado de Calamidade conseqüência disso o povo padece! A Prefeitura sozinha não tem condições de atender a demanda, a União não ajuda porque não está em "estado de calamidade". Por isso, quero pedir ajuda: remédios, roupas, comidas e material escolar para as crianças atingidas. Como o próprio slogan da Igreja Metodista afirma: Somos Comunidade Missionária a serviço do Povo. Como parte deste slogan, quero fazer deste Pólo um local de coleta e distribuição de donativos.
OBS: cerca de 300 famílias de alunos do IMEA perderam tudo!
Sandro Alves dos Santos
Pólo - Altamira
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Altamira, do caos à força da Solidariedade
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No último domingo, 12 de Abril, ao encerrarmos a Escola Dominical, às 11:05, saindo da igreja vimos a rua cheia de água, que cada vez mais se avolumava de água numa velocidade surpreendente. |
Bairros inteiros ficaram praticamente submersos rapidamente, e muitas vidas foram salvas com ajuda de botes e voadeiras que trafegavam onde até poucos momentos antes trafegavam pessoas, carros e bicicletas.
O IMEA (colégio metodista) e a Igreja Metodista também ficaram inundados.
Nos bairros mais críticos a água chegou a 3,50 mts de altura. Milhares de moradores saíram das águas apenas com a roupa do corpo.
Como igreja estamos trabalhando na arrecadação e distribuição de roupas, cestas básicas. E junto com o IMEA, estamos arrecadando colchões, roupas e alimento e distribuindo alimento pronto para famílias de alunos do colégio que foram atingidos pela calamidade.
A situação é crítica realmente; há muita mobilização para ajudar as vítimas que se encontram em estado de calamidade. Homens, mulheres e muitas crianças, sem ter onde dormir, e sem ter o que comer.
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As maiores mobilizações são para se conseguir doações de colchões, roupas remédios e alimento. A área da construção também vem como um segundo passo importante, pois muitas casas foram levadas pelas correntezas. |
Como igreja somos sensíveis a tudo que aconteceu; não somente nossa comunidade foi atingida mas todos de um modo geral ficamos marcados por essa calamidade. Nos bairros as aulas estão suspensas e as perdas se manifestam ao longo as ruas, pela sujeira, pelos bens perdidos, empilhados nas frentes das casas, e pelo ar desolado das pessoas, motivados pelas perdas sofridas.
Notícia enviada pelo pastor Luis Carlos Silva Marques, no dia 16 de abril.
Fotos do jornal Diário do Pará