Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
Aliança Cristã Evangélica Brasileira é fundada
Pelo histórico de outras iniciativas, muitos agiram com desconfiança diante das novas propostas apresentadas. O pastor Valdir Steuernagel, teólogo da Visão Mundial, explica que os erros do passado servem como aprendizado e não devem ser repetidos. "Nossa intenção não é refazer, nem repor, mas sim responder às necessidades da nova geração", afirma.
A receita da Aliança será constituída pela taxa anual, estabelecida pelo Conselho Geral, de seus Filiados e por doações voluntárias, desde que tais recursos não tenham origem em atividades ilegais nem em qualquer tipo de jogo. Toda a receita será aplicada única e exclusivamente na consecução dos objetivos e finalidades da Aliança.
Durante o encontro, também ficou estabelecido que o organismo fosse dirigido por um conselho, a fim de evitar personificações. Entre outros, conselheiros eleitos em novembro, está o bispo Nelson Leite, da Igreja Metodista. O órgão terá por objetivo convocar o Fórum de Filiados da Aliança; conduzir o processo de aceitação de novos filiados; nomear os Embaixadores da Aliança; nomear representantes regionais ou estaduais da Aliança e apresentar relatórios financeiros e de atividades.
Carta de Princípios
Aprovada no dia 30 de novembro, a Carta de Princípios e Diretrizes para a nova Aliança Evangélica estabelece que a ACEB “é uma parceria de igrejas e organizações e tem como missão congregar seguidores do Senhor e Salvador Jesus Cristo como expressão da unidade da igreja”.
A carta atribui que a Aliança “congrega denominações, Igrejas, redes, associações, organizações, ministérios e movimentos que se identificam e compactuam com suas crenças, valores e princípios baseados no credo apostólico.” E afirma também o “seu compromisso a partir da realidade brasileira, onde quer viver em obediência a Deus e a serviço da sua igreja.”
Os caminhos e as adesões à Aliança se darão à luz deste documento que especifica a sua crença, bem como os seus princípios, valores e objetivos, que se resumem no propósito: “Buscamos viver a nossa fé segundo os valores encontrados nas Escrituras e que a fé cristã tem afirmado e vivido no decorrer da história. Estes valores anseiam ser uma expressão do Reino de Deus” e expressar a nossa unidade no Espírito.
Breve histórico
Por mais de três décadas e até 1964, a Confederação Evangélica Brasileira (CEB) fez o papel de unir e realizar projetos em comum com as igrejas evangélicas de sua época. Depois de um longo interregno fundou-se, em 1991, a Associação Evangélica Brasileira (AEVB), que por uma década se constituiu num esforço quanto à unidade de setores evangélicos em nosso país.
No início de 2009 um grupo de líderes evangélicos inicia conversações sobre a necessidade de uma organização que volte a congregar os evangélicos. Depois de experiências mais distantes ou mais recentes, como a Confederação Evangélica do Brasil e a AEVB, passados anos dessas experiências, desejou-se de novo a aproximação.
Um grupo de irmãos e irmãs começou a trabalhar um documento propondo os princípios para tal iniciativa, incluindo crenças, valores, objetivos e forma de funcionamento. Como referencial de identidade evangélica, levou-se em conta declarações de fé históricas, de organizações reconhecidamente evangélicas e também o Pacto de Lausanne.