Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013
aids e igreja
"Chamo os líderes religiosos a pregar a tolerância", disse Ban Ki-moon no discurso de abertura da Conferência, reunida na Cidade do México de 3 a 8 de agosto. O fato de que pessoas que vivem com HIV sejam discriminadas "deveria encher a todos com vergonha", disse Cahn.
O médico argentino Pedro Cahn afirmou que "é tempo dos líderes de todo tipo - políticos, religiosos e comunitários - ajudarem para que estes grupos [de pessoas em situação de vulnerabilidade] deixem de estar à margem da sociedade e passem a estar no centro da resposta frente ao HIV". Para isso, agregou, é preciso lutar contra "a desigualdade de gênero, a homofobia e a pobreza que continuam conduzindo esta epidemia".
Cahn disse que "é tempo das nações assumirem os seus compromissos". Ele exigiu maior visibilidade para a América Latina e o Caribe, uma região onde cerca de dois milhões de pessoas vivem com HIV.
"Queria pedir em particular a todas as partes envolvidas que não se esqueçam da região da qual provenho e na qual esta conferência está tendo lugar: a América Latina e o Caribe também estão sofrendo as conseqüências da epidemia de Aids no contexto da pobreza e da marginalidade", disse.
A América Latina é a fonte de algumas das mais dinâmicas respostas à Aids, destacou Ban, "mas é também um lugar onde se apresentam alguns dos maiores desafios".
Embora seja alentador que mais pessoas tenham acesso à prevenção e ao tratamento do HIV em países de baixo e médio rendimentos, Ban sustentou que a maioria dos países terá "grandes dificuldades para atingir o objetivo do Milênio de deter e reverter a disseminação da AIDS até 2015".
Na avaliação de Cahn, o estigma e a discriminação representam barreiras que impedem deter a pandemia. "É tempo de desafiar a tirania da ignorância e da negação", sustentou.
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Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC)
Comunidades de fé devem ações no combate à Aids
As religiões poderiam fazer mais em resposta à pandemia de Aids? Para abordar esta questão mais de 450 representantes de organizações religiosas empenhadas em responder aos desafios do HIV e Aids estarão reunidos na Cidade do México, de 31 de julho e 2 de agosto, antecipando os debates da XVII Conferência Internacional sobre Aids.
ALC/CMI
Genebra, quarta-feira, 30 de julho de 2008
"Não é possível solucionar a crise global do HIV e Aids sem a participação ativa das comunidades de fé", disse o encarregado do programa de saúde do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Dr. Manoj Kurian. "Ainda que as igrejas e outras comunidades de fé ao redor do mundo estejam realizando uma contribuição crítica à superação da pandemia, requer-se de nós muito mais ação, uma ação em concordância com os ensinamentos e valores que nos guiam", enfatizou.
Líderes religiosos, da sociedade civil e do âmbito governamental falarão durante a Pré-Conferência Ecumênica, dentre eles o embaixador holandês para a luta contra a Aids, Paul Bekker; o presidente da Federação Luterana Mundial e presidente da Igreja Evangélica Luterana na América, bispo Mark Hanson; o presidente da Comissão Social da Igreja Católica no México, monsenhor Gustavo Rodríguez; a diretora executiva da iniciativa sobre HIV e Aids da Igreja Saddleback, dos Estados Unidos, Kay Warren; o vice-presidente adjunto da Fundação Ford, Jacob Gayle; a representante da Rede Africana de Líderes Religiosos Vivendo com ou Afetados Pessoalmente pelo HIV e Aids (ANERELA+), pastora Patrícia Sawo; o diretor executivo adjunto do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Purnima Mane.
"Os grupos religiosos desempenham um papel central em muitas das áreas de resposta a Aids", assinalou Linda Hartke, coordenadora da Aliança Ecumênica de Ação Mundial (Ecumenical Advocacy Alliance), entidade que liderou a organização da Pré-Conferência Ecumênica. "Esperamos que os participantes estejam inspirados, re-energizados e desafiados a expandir e fortalecer nossos esforços", agregou.
As sessões plenárias agendadas para os três dias da Pré-Conferência enfocarão os obstáculos e oportunidades para atingir a meta de acesso universal à prevenção, cuidado e tratamento da Aids. As sessões incluirão temas como liderança, prevenção, violência, vulnerabilidade das crianças, estigma e discriminação.
"Tenho a expectativa de que a Pré-Conferência Ecumênica seja uma oportunidade para escutar àqueles que nas comunidades de fé lutam para conseguir um impacto real", disse a coordenadora no CMI da Iniciativa Ecumênica sobre HIV e Aids na África, pastora Nyambura Njoroge. "Espero que os líderes religiosos e aqueles que têm o poder de tomar as decisões no mundo escutem o crescente número de vozes proféticas, vozes que surgem do centro da tormenta chamada HIV e Aids", afirmou.
Realizada pela primeira vez na América Latina, a XVII Conferência Internacional sobre AIDS ocorrerá na Cidade do México, de 2 a 8 de agosto, e corresponde ao maior evento dedicado a um só tema de saúde.
Conhecida como "AIDS 2008", a Conferência reunirá cerca de 25 mil participantes das comunidades acadêmica, científica e médica, bem como do setor privado, do governo, das organizações religiosas e da sociedade civil, membros de redes de pessoas soropositivas. Mais de 33 milhões de pessoas em todo mundo vivem com o HIV. O tema do Congresso 2008 é "Ação Universal Já!"
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