Publicado por José Geraldo Magalhães em Entrevistas, Expositor Cristão, Mídia - 30/06/2014
Advogado metodista é nomeado desembargador em São Paulo

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin nomeou dois novos desembargadores para o Tribunal de Justiça. Um deles é o advogado e metodista Achile Alesina Junior, de 48 anos. Achile é referência na Igreja Metodista por seu conhecimento dos Cânones e por seu comprometimento com a missão. É paulistano residente em Piracicaba desde os sete anos de idade. Recebeu educação metodista e reconhece a influência da igreja para alcançar o cargo de desembargador.
Como o senhor se sente sendo o primeiro advogado de Piracicaba e também o primeiro metodista a ocupar o cargo de desembargador no TJ-SP?
Muito honrado e feliz. A cidade de Piracicaba tem excelentes advogados e isso aumenta a minha responsabilidade. Como desembargador, continuarei alicerçado nos mesmos princípios cristãos que pautaram a minha vida até aqui: ética, integridade e humildade. Entendo que na administração da justiça é necessário levar em consideração que trabalhamos com pessoas e que cada uma merece ser respeitada em seus direitos. Sempre que depender de mim, procurarei dar celeridade aos processos para que a justiça ocorra em tempo oportuno. Quanto a ser o primeiro metodista a ocupar este cargo, entendo que é fruto da graça de Deus. Piracicaba é um lugar histórico para o metodismo brasileiro. O nome metodista representa muito para esta cidade.
Qual a importância da Igreja Metodista para a concretização dessa nomeação?
A Igreja Metodista foi e continua sendo fundamental em minha vida. Aprendi desde cedo a apreciar suas doutrinas e história. É uma Igreja que me ensinou a ter uma visão ampla do Evangelho. Aprecio seus princípios de equilíbrio, as decisões coletivas em Concílios, sua ampla visão evangelizadora que articula as dimensões social, educacional e espiritual. Por outro lado, a bolsa que recebi da Igreja Metodista para cursar Direito na Universidade Metodista de Piracicaba foi fundamental para a minha vida profissional.
O senhor é uma referência na Igreja Metodista pelo conhecimento dos Cânones. Como é para o senhor poder contribuir também na
missão?

Sempre estarei à disposição da Igreja Metodista, especialmente em áreas que posso ajudá-la com maior propriedade. A missão metodista está fundamentada em um tripé que nunca poderá ser esquecido, ou seja, Evangelismo, Ação Social e Educação. Independentemente dos modelos e estratégias para efetivação de seus objetivos, não podemos esquecer esses princípios. É a partir desta referência que colaboro com a Igreja Metodista.
O senhor atua no direito há 26 anos. Desejava alcançar o cargo de desembargador?
Nunca imaginei ser desembargador. Sempre tive em mente me aposentar como advogado. Mas, os sonhos de Deus sempre são maiores que os nossos. Aprecio o texto de Isaías que afirma: “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. Minha vida está e sempre estará nas mãos de Deus. Em qualquer circunstância da minha vida, Ele sempre me guiará.
Como foi o processo de seleção para desempenhar a função no TJ-SP?
O processo é bem complexo e difícil. Nos termos do artigo 94 da Carta Republicana, um quinto dos componentes dos Tribunais é composto de advogados ou membros do Ministério Público. Assim, o candidato passa por uma arguição coletiva perante a OAB, onde responde perguntas de ordem pessoal, pública, jurídica e das prerrogativas da OAB. Em São Paulo, esta decisão cabe a 80 advogados que são os Conselheiros da OAB do Estado de São Paulo, que elegem uma lista sêxtupla. Após a escolha da OAB, a lista segue para o Tribunal de Justiça (TJ). Lá o candidato é arguido individualmente por 25 desembargadores, que podem fazer qualquer pergunta ao candidato. Após esse processo, escolhem três candidatos e encaminham para a decisão final do governador.
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