Publicado por José Geraldo Magalhães em Educação - 10/10/2013

A organização do trabalho no livro de Esdras

A Visão de Esdras


Os livros de Esdras e Neemias tratam dos caminhos para a restauração de Jerusalém e o retorno do povo de Deus à cidade, após o exílio na Babilônia. Neemias era governador, o poder executivo estava em suas mãos. Esdras era sacerdote e escriba. Ambos tinham a mesma visão e sabiam partilhá-la com o povo de forma clara, didática e mobilizadora – Neemias 8: 9-12.

É grande a importância do governador Neemias e seu estilo de liderança. Mas, ousamos afirmar, que muitos dos filhos de Israel não sairiam de Babilônia após tantos anos sem a maior motivação de todas: Buscar a restauração espiritual, simbolizada na reconstrução do templo e realizada na santificação do povo. Esdras contou com a confiança do rei Artaxerxes, porque tinha um coração disposto para buscar e cumprir a Vontade de Deus, além de ensiná-la – Esdras 7: 10.

A liderança da Igreja precisa estabelecer objetivos claros, a partir da visão fundamentada na Palavra de Deus, para conseguir mobilizar pessoas e recursos no fortalecimento e na expansão missionária. Um líder sem visão não sabe aonde quer chegar e exerce uma liderança perniciosa, que não gera frutos.

A primeira providência de Esdras foi buscar recursos materiais para a obra e orientar quanto à sua utilização, algo que só é possível realizar com sucesso se o povo de Deus partilhar da visão e dos objetivos missionários estabelecidos – Esdras 7: 14-20.

Em seguida, Esdras buscou levitas para partilhar o trabalho de ensinar e servir ao povo de Deus – Esdras 8: 15–20. Um líder que queira amealhar outras lideranças para colaborar precisa trabalhar muito e se dedicar para dar o exemplo.

O jejum foi o próximo passo, a busca intensa da boa mão do Senhor, o esvaziamento de si mesmo para que a Vontade de Deus prevaleça em cada decisão que for tomada – Esdras 8: 22-23.

Os sacerdotes também contribuíram com seus bens – Esdras 8: 24-25. A liderança deve participar em todos os desafios que são colocados ao povo, como exemplo a ser seguido.

O olhar para si mesmo, a partir da perspectiva da vontade de Deus, inicia uma mudança interior que acaba por levar mais pessoas ao processo de santificação – Esdras 9: 3-4. É preciso reconhecer quando há pecado, seja da omissão, da preguiça, da acomodação, da insensatez, do rancor que paralisa, da inveja ou qualquer outro empecilho que vá contra o estabelecimento da visão missionária em nós.

O olhar para Deus pede pela misericórdia, pela renovação da Graça para dar estabilidade e crescimento à Igreja, mais vida e não morte ou desolação – Esdras 9: 8. Uma igreja que não cresce pode ser sinal de famílias ou líderes que não têm o processo de santificação arraigado no seu dia-a-dia.

Resumidamente, o trabalho de Esdras foi fundamental para o sucesso do labor de Neemias. A visão espiritual que serve como base à motivação do povo de Deus é sempre por uma igreja que deve se multiplicar em número de membros comprometidos, discipular e ser voz profética para salvação e libertação de muitos.

A organização do trabalho no livro de Esdras

 

1.    Preparar um diagnóstico acurado da situação. Veja as listas dos utensílios do templo, dos primeiros que regressaram do exílio, dos líderes que voltaram e outras listagens apresentadas ao longo do livro de Esdras. Faça as perguntas certas e busque sistematizar as informações dentro de uma série histórica. Exemplos: 1.1. Qual a frequência em cada culto? 1.2. Qual a frequência na Escola Dominical, por faixa etária? 1.3. Quem está ausente há mais de quatro semanas? 1.4. Como evoluiu a arrecadação da Igreja nos últimos 12 meses? 1.5. Quantos novos membros foram recebidos nos últimos cinco anos, ano a ano?

2.    Estabelecer e comunicar uma visão e objetivos motivadores, que possam ser acompanhados periodicamente em sua execução.  Preparar o Plano Local de Ação Missionária a partir das prioridades estabelecidas pela Igreja, sempre com vistas a atender os maiores problemas diagnosticados.


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